Minha tola sentença.

Tá, tudo bem, pode dizer o que for. Pode dizer que foi por sua causa que eu fiquei assim, que se você procurasse me entender não estariamos nessa situação ou que você explode muito, grita muito, fala muito, tudo muito. Pode tentar colocar a culpa em você. Vai lá, tente. Ninguém vai acreditar, ninguém vai se quer ter pena de mim. Nem eu tenho pena de mim. Por mais que você grite, que espernei e tente chamar a atenção de todos, ninguém vai culpá-la. Pois, em sua defesa, direi que o verdadeiro culpado sou eu, que cansei de todos que viviam ao meu redor, cansei dos sorrisos e abraços, das vontades e das mentiras, simplesmente cansei. Eu que me deixei levar pela sombra da escuridão, deixei-a pousar sobre minha cabeça e me cegar completamente. Eu, que invés de tirar os pés do chão e flutuar, fiz exatamente o contrário, deixei meus pés pesados e afundei na terra úmida e suja. Eu sou o culpado por seus planos darem errados e suas palavras perderem o sentindo, sou o culpado por seus olhos sempre estarem molhados ou por seu coração estar doendo agora. Não me venha dizer que somos cúmplices, porque não somos. Tá, somos cúmplices no amor, na paixão, na amizade, nas lembranças. Mas, na merda toda que aconteceu, eu sou o único culpado. Eu vou carregar esse sentimento comigo. Serei eu, daqui á dez ou vinte anos, que quando lembrar do que houve entre nós se sentirá mais triste e frustrado.A culpa é um fardo pesado que eu carregarei para sempre nos meus ombros e para onde quer que eu olhe, irei me depará com o fim. Essa é a minha sentença. Essa é a sentença dos tolos que não sabem amar.

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