Tenho dentro de mim os sentimentos mais profundos, tão profundos que não há palavra que possa traduzi-los. Eu tenho aqui guardado dentro de mim uma mistura de natureza com humano que não se sabe bem qual será o resultado, mas é uma mistura que reverbera e faz tremer todas as minhas estribeiras. São terremotos com o epicentro no passado, que vem numa crescente com o passar dos anos e que hoje chegou à um ponto onde eu não consigo me manter estático sem ter que expressar esse imbróglio de sensações que me atormenta. Eu sou levado à extremos quando o choque das placas tectônicas que se encontram dentro da minha mente chegam à um grau elevado e não é só pelas dores de cabeça que me fazem sofrer, mas também as rachaduras feitas por todo o resto do corpo. As casas devastadas, os amontoados de tijolos, os restos de pessoas jogados dentro mim e eu simplesmente me sentindo destruído.
Dias desses, me perguntaram: “Porque anda tão caído?’’ Eu respondi com um sorriso tão caído quanto meu corpo: “Porque eu escolhi errado, meu chapa.” E, depois de algumas semanas, relembrei essa passagem de minha vida e passei algum tempo refletindo sobre a minha resposta... Bom, é a verdade. Eu escolhi errado. Perdi o controle da minha vida quando um furacão com nome de mulher passou por dentro de mim e tirou tudo do lugar. Deixou meu espirito atormentado e minha alma inquieta. Essa inquietude sofre toda vez que ecos voltam a soar nos meus ouvidos e algo aperta meu coração, algo feito na sua mais pura natureza de nostalgia, só que mais forte, mais pesado, denso... É a saudade que eu sinto de me ver rodopiando entre os ventos daquele furacão que ela era. A saudade de me deixar levar pelos toques dela e pelo sorriso, os lábios, as mãos... A saudade é a pior das sequelas que essa doença chamada amor nos deixa. Doença sem cura, sem remédio... Ah, que saudade de ser doente assim!

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