A claridade vinda dos dias ensolarados invadem seu corpo como um veneno, a agonia sentida vem da energia do fogo que contém em cada raio do sol. Por não aguentar tal força dentro de si, esconde-se numa caverna escura chamada mente, ali construiu um castelo escuro rodeado por pedras escuras sob o céu escuro da noite. Fechado pro brilho do que está por vir, ele vive com aquela sensação de morte, mas vive, preso aos seus ferros e algemas, sendo chicoteado por lembranças que pertencem a outras vidas que não mais lhe servem. Atordoado, com o sangue das feridas lhe correndo a pele, ele se joga no calabouço do castelo e espera sentado no chão frio e úmido os monstros que ali moram lhe devorarem por inteiro, pra não deixar nem sombra do que foi ou do que poderia ser.

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